Este logradouro foi aberto a entre 1913 e 1915 pela Cia. Territorial Paulista e o seu leito foi tornado público através de doação à Municipalidade conforme escritura lavrada no dia 03 de Abril de 1933 nas notas do 11º Tabelião desta Capital. A sua primeira denominação foi a de “Av. Araci”, uma homenagem à filha do diretor da Cia. Territorial Paulis,a Eng. Fernando Arens Júnior. Conta-se que ele apreciava os nomes indígenas e de aves que, aliás, acabou sugerindo para diversos logradouros daquela região. No dia 18 de Agosto de 1933, através do Ato nº 505, ela foi denominada como “Av. Indianópolis”. Aqui temos um caso interessante: o Eng. Fernando Arens Júnior, havia estudado nos E.U.A e quis homenagear a cidade de Indianápolis, capital do Estado de Indiana, e estendeu esta denominação ao bairro e à Avenida. Porém, desde os primeiros Atos oficiais, o nome foi grafado como Indianópolis, e não Indianápolis como seria o correto. E assim permaneceu. Fonte: Arquivo Histórico de São Paulo , História do Bairro Mapas Planalto Hoje Planalto em Verso Foto Aérea Fotos de Ruas O Planalto Paulista surgiu nos idos de 1950 e se situa numa região elevada da cidade, a cerca de 800 metros de altitude. É o resultado do loteamento da gleba promovida pela Companhia Cedro do Líbano. Distante a poucos quilômetros do Centro da Capital e 89 km do Oceano Atlântico, do qual está separado pela Serra do Mar, o bairro está próximo a duas importantes áreas verdes da capital paulista: O Parque do Ibirapuera, a 2,2 km e o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, que inclui o Jardim Botânico e o Parque Zoológico, a 3,8 km. O Planalto se situa entre os limites definidos pelas vias: Av. dos Bandeirantes, Av. Moreira Guimarães, Av. Ruben Berta, Av. José Maria Whitaker, e Av. Jabaquara, que fecha o polígono ao se encontrar com a Av. dos Bandeirantes. A área hoje conhecida por Planalto Paulista é o desdobramento de antiga sesmaria que recebeu o nome de “lab-a-quara”, que, na língua tupi significa “buraco de rocha” ou “esconderijo dos bichos”. Já no inicio do século XVII, distantes do centro, essas terras ermas foram, aos poucos, transformando-se em fazendas ocupadas por sitiantes. A partir daí, imigrantes atraídos pela exuberância do lugar foram adquirindo terras e nelas construíram belos sítios, fazendas e chácaras. A área que hoje denominamos Planalto Paulista era uma grande fazenda junto ao córrego Traição, cujo nome faz referência ao levante contra o bandeirante Borba Gato. O dono dessa fazenda, Fernando Arens, filho de alemães nascido em Campinas, formou-se em engenharia mecânica na Alemanha. Em 1915, sua Companhia Paulista de Terraplanagem ainda movida a pás, picaretas e carroças puxadas por burros dividiu as terras ao meio, dando o nome de sua filha Araci à grande avenida que se formou. Esta ia da Av. Jabaquara até a atual Avenida Pedro Álvares Cabral, no Ibirapuera. Com bastante tino comercial, o engenheiro também fez gestões para a construção do Aeroporto de Congonhas em área adjacente, a fim de promover a valorização de suas terras. A partir de 1940, boa parte desses terrenos foi loteada e vendida principalmente a membros das colônias síria e judia que neles construíram grandes sobrados. As ruas e alamedas dos loteamentos receberam nomes indígenas de tribos, pássaros, rios, dentre outros: Tribos: amaribás, apetupás, aratãs, camaíuras, maruás, quinimuras, tupinás; Aves: arapuru, anapurus, araúna, guainumbis; Rios: aripuanã, irai, ituxi, seruini, uaimaré, guaiós; Outros: itacira (enxada), guaicanãs (indíviduo de cabeça grande), cotinguiba, (mastro), ceci (lua), jati (branco). A grande expansão do bairro deu-se principalmente no começo da década de 50, quando começaram as primeiras e necessárias obras de infra-estrutura, como água, luz, esgoto e pavimentação. Afinal, entre 1940 e 1960, a população de São Paulo tinha quase quadruplicado. Enquanto a área do centro verticalizava-se e se tornava mais compacta, os terrenos do Planalto Paulista eram valorizados por serem planos e se situarem a distância não muito grande do centro, mantendo um clima de cidade do interior, ao mesmo tempo em que era possível o acesso aos benefícios da metrópole. A antiga Avenida Araci recebeu um traçado moderno e arrojado bem de acordo com o clima ufanista da época do quarto centenário da cidade, em 1954. Rebatizada apropriadamente com o nome de Avenida Indianópolis (cidade dos índios), a antiga via de terra ganhou contornos largos, jardins e tornou-se um marco na engenharia de obras viárias. A foto aérea do Planalto em 1958 pode ser encontrada no site: http://www.geoportal.com.br. Em 1973, a antiga Lei de Zoneamento criou as zonas Z1, que são áreas estritamente residenciais, onde a construção de edifícios passou a ser proibida. Nessa época, contudo, o Planalto já contava com alguns edifícios residenciais que se vêem no bairro até hoje. Esse conceito urbanístico, vem sendo mantido pelas leis que sucederam à lei revogada. Em 1989, vale ressaltar, a massa arbórea local foi tombada pelo Decreto Estadual 30.443, de 20 de setembro de 1989. ínicio | topo da página