Carandiru é um bairro da zona norte da cidade de São Paulo. Recebeu este nome pois o córrego Carandiru banhava a histórica Fazenda de Sant’ Ana que originou a maioria dos bairros da zona nordeste paulistana. Parte do bairro situa-se no distrito de Vila Guilherme e parte no distrito de Santana. A nossa empresa é considerada a melhor e mais bem equipada desentupidora no Carandiru e por isso pode garantir qualidade e preços competitivos. Conheça nossos serviços como desentupidoras no Carandiru no Carandiru Nossa equipe é altamente treinada e capacitada para resolver os mais diversos problemas relacionados à desentupidoras no Carandiru. 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O sistema é tão perfeito que podemos afirmar que seria igual a trocar a tubulação, pois ele joga água nas paredes dos canos deixando eles com seu diâmetro original. A desentupidora no Carandiru conta hoje com equipamentos de alta pressão montados nas unidades móveis sendo: Caminhões para resolver os mais difíceis tipos de entupimentos que possamos encontrar, ou seja, não existe serviço de desentupimento que nós não executamos. Como nem tudo é perfeito ainda existe muitas edificações antigas que possuem tubulações feitas com manilhas, que são canos feitos de cerâmicas de 01 metro cada, acoplados uns aos outros e colados com cimento, o que pode acontecer neste caso? Com o tempo estas uniões criam fissuras e se houver um entupimento a água passa por estes locais e vai direto para terra ocorrendo uma erosão. Com isso a manilha acaba se deslocando e cedendo, então neste caso é necessária a troca da manilha, mas para isso o próprio técnico da desentupidora no Carandiru aliada com seus equipamentos consegue achar o ponto exato do arreamento. Outro fator de importância que ocorre com tubulações de PVC de baixa qualidade, é ter suas conexões de colagem deslocadas, muitas vezes até por falta de cola ou tubulações com paredes finas, e ai acontece também o arreamento, muitas vezes canos fracos são roídos por ratos que vão procurar comida ou água no esgoto, que trazem problema igual ao deslocamento de colagem. Eles furam o cano de PVC com facilidade em alguns casos em vários pontos, neste caso temos que trocar a tubulação que a desentupidora no Carandiru já no local e com trabalho de desentupimento já começado também executa, a desentupidora no Carandiru não deixa de resolver os problemas ocasionados por entupimentos de esgoto, fazendo um serviço limpo, rápido e eficiente. A desentupidora no Carandiru já realizou com sucesso desentupimentos em muitas residências, edifícios, empresas e hospitais entre outros, trabalhos deste tipo requerem total domínio da tecnologia e muita responsabilidade para não causar danos irreparáveis em locais de extrema importância. Obviamente conviver com entupimentos de esgotos não é nem um pouco agradável, você não consegue usar nada no seu imóvel, quer lavar louça e não pode, quer tomar banho e não pode, quer usar o banheiro e não pode. E aí? O que fazer? Chame a desentupidora no Carandiru que tem conhecimento técnico e tecnológico adequados, a desentupidora no Carandiru alinha o conhecimento teórico e prático, sobre todos os desentupimentos com tecnologias em hidráulicas. Desta forma, têm como compromisso de garantir a qualidade do serviço prestado, para isso a desentupidora no Carandiru conta com profissionais altamente qualificados e experientes, capazes de solucionar os mais complicados entupimentos que possam aparecer, tal fato aumenta expressivamente as chances de sucesso no serviço e pode ter certeza de que o resultado que você obterá será muito satisfatório. Algumas dúvidas de nossos clientes: Como é feito o desentupimento? Pode ser de varias formas, o convencional é feito com máquinas rotativas de pequeno ou grande porte, também pode ser feito com caminhão de hidrojateamento e outro modo pouco usado é com pressão de ar comprimido. Posso chamar uma desentupidora a noite em meu apartamento? Depende da urgência, se for caso de retorno de esgoto nos ralos (quando a água sai sem você estar usando) pode, mas se for pia entupida, privada ou tanque, precisa ver a convenção do condomínio. O meu banheiro está com mau cheiro a desentupidora resolve?
Sim, isso é indicio de futuro entupimento, o serviço neste caso e fazer uma raspagem na tubulação para retirar o que está causando o mau odor. É necessário limpar os canos do meu imóvel anualmente? Nem sempre, mas todo serviço preventivo, além de custar bem menos evita muita dor de cabeça no futuro. Quanto custa o orçamento da desentupidora? Nada, todo orçamento é feito no local do problema, assim o técnico vai saber dimensionar a dificuldade do desentupimento, por isso toda visita é gratuita. E se acontecer um entupimento no domingo ou feriado? Fique tranqüilo, nossa empresa atende sábados domingos e feriados sem nenhum custo adicional, mantemos plantão 24 horas para casos emergenciais. Não estava no meu orçamento o serviço de desentupimento, como posso pagar? Aqui na temos flexibilidade na forma de pagamento, aceitamos cheques, cartão de crédito e dependendo da situação até boleto bancário. Fiz um serviço e voltou a entupir no mesmo local o que devo fazer? Ligar em nossa empresa, pois em nosso contrato existe uma garantia por escrito, iremos deslocar uma equipe técnica até o local sem custo adicional. Entupiu e não posso usar nada em casa quanto tempo demora pro atendimento? Em São Paulo nossa dificuldade é o trânsito, mas direcionaremos a equipe mais próxima do local para que a visita se torne rápida, mas normalmente em torno de 40 minutos. Quanto custa o serviço de desentupimento? Um serviço nunca é igual ao outro, é difícil colocar um preço sem saber direito o que esta acontecendo, e outros detalhes técnicos que são próprios do local, por isso não cobramos taxa de visita e nosso orçamento é sem compromisso. Faça serviço de desentupimento com desentupidora no Carandiru para não ter que fazer de novo. Compromisso com a qualidade e preço justo nos serviços de desentupimento é aqui na desentupidora no Carandiru. Sistema Americano de Desentupimento Profissional! Desentupidora no Carandiru? 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A denominação de Casa de Detenção foi dada pelo interventor federal Ademar Pereira de Barros que em 5 de dezembro de 1938, pelo decreto estadual 9.789, extinguiu a Cadeia Pública e o Presídio Político da Capital. Este decreto previa separação de réus primários de presos reincidentes e separação dos presos pela natureza do delito. Já chegou a abrigar mais de oito mil presos, sendo considerado à época o maior presídio da América Latina. Foi o local do massacre do Carandiru em 2 de outubro de 1992. Foi desativado e parcialmente demolido em 2002, no governo de Geraldo Alckmin, dando lugar ao Parque da Juventude. Em 2019, os edifícios e estruturas remanescentes do Complexo Penitenciário (os pavilhões remanescentes, o portal da Penitenciária, as estruturas remanescentes das muralhas do presídio e o edifício da prisão-albergue) foram tombados pela Prefeitura de São Paulo, considerando-se que a preservação do complexo é fundamental para a história prisional do Brasil. Segundo a arquiteta Anna Beatriz Ayroza Galvão, professora da Escola da Cidade e ex-superintendente do IPHAN, não se deve “apagar a memória da dor”. “Se fosse isso, todos os campos de concentração teriam sido destruídos; é importante deixar as marcas dessa dor para que não se repitam atrocidades como essa na nossa história”, explicou. [3] Índice 1 Histórico 2 Período 1920-1940 2.1 1940-2000 2.1.1 O massacre de 1992 2.1.2 Julgamento dos policiais envolvidos 2.2 Desativação 3 Características 3.1 Pavilhão 2 3.2 Pavilhão 4 3.3 Pavilhão 5 3.4 Pavilhão 6 3.5 Pavilhão 7 3.6 Pavilhão 8 3.7 Pavilhão 9 4 Na cultura popular 4.1 Televisão 4.2 Literatura 5 Filmografia 6 Referências 7 Bibliografia 8 Ver também 9 Ligações externas Histórico Ambox scales.svg A neutralidade deste artigo foi questionada. Discussão relevante pode ser encontrada na página de discussão. O Complexo Penitenciário do Estado de São Paulo começou na década de 1920 com a criação da Penitenciária do Estado, sobre os cuidados de Ramos de Azevedo.[4][5][6] Esta unidade tinha capacidade para abrigar mais 2000 presos, e chegou a passar por reformas para abrigar sentenciados do sexo feminino e teria o nome modificado para Penitenciária de Santana. Na década de 1950 com o governador da época Jânio Quadros foi criada a Casa de Detenção Profº. Flamínio Favero, que popularmente foi conhecida como a Casa de detenção do Complexo do Carandiru. No início foram construídos três pavilhões: 2, 5, 8 todos com capacidade total para 3500 presos provisórios. Mas a criminalidade naquela época teve um crescimento absurdo, e os Distritos Policias da Capital
, o Presídio do Hipódromo (extinto em 1994) e o Presídio Tiradentes estavam super lotados. A Casa de Detenção de São Paulo, foi entregue à população em 11 de Setembro de 1956 para abrigar todos os presos provisórios da capital paulista. Inaugurada, foi considerada por vários órgãos de Segurança do Brasil e de outros países como o 2º maior presídio do mundo e o mais seguro. Porém, a realidade foi outra. No meio dos presos provisórios, havia também presos condenados em regime fechado. E como não havia mais vagas em outros locais para cumprimento de penas, a Casa de Detenção de São Paulo, se transformou em um verdadeiro depósito de presos. Cada Governador que entrava mandava construir mais um pavilhão e reformar os que estavam se deteriorando. Com a chegada da década de 1960 foram entregues mais quatro pailhões: o 4, o 7 e o 9, sendo este o último entregue e destinado a presos primários entre 18 e 25 anos e de alta periculosidade. Durante anos a Casa de Detenção de São Paulo, foi alvo de muitas histórias horríveis: rebeliões com mortes, estupros entre os presos, extorsões, mortes entre presos, agressões, fugas espetaculares, etc. O fato que marcou o Brasil e outros países foi o conhecido Massacre do Carandiru em 2 de Outubro de 1992, resultando em 111 presos mortos. E nesta data havia mais de 9.800 presos em todo o complexo. Como também a mega-rebelião do Primeiro Comando da Capital (PCC) em 8 de Fevereiro de 2001 que dentro do maior presídio da América Latina, conseguiram sincronizar 30 unidades prisionais ao mesmo tempo para se rebelarem. A mega-rebelião resultou em 16 presos mortos, além de familiares de presos feridos em circunstâncias um pouco confusas. A Casa de Detenção fechou suas portas em meados de Setembro de 2002, após 46 anos de funcionamento, e no dia 9 de Dezembro de 2002, os pavilhões 6, 8 e 9 foram implodidos. Os demais pavilhões, 2, 4, 5 e 7, seriam reformados e transformados em Centro de Estudos Tecnológicos, cultural, entre outros. Em 2005 o governador Geraldo Alckmin determinou que os pavilhões 02 e 05 fossem implodidos, ficando somente o Pavilhão 4 (enfermaria) e o Pavilhão 7 para o Museu do Computador, AcessaSP. Período 1920-1940 O Complexo Penitenciário do Carandiru, que se notabilizou recentemente por sua superlotação, má administração e pelos massacres violentos que ali ocorreram, foi – por ocasião de sua inauguração – considerado um presídio, tendo sido projetado para atender às novas exigências do Código Penal republicano de 1890, de acordo com as melhores recomendações do Direito Positivo da época. O projeto do presídio que venceu a licitação foi inspirado no Centre pénitentiaire de Fresnes, na França, no modelo “espinha de peixe” (que ainda existe – em funcionamento até hoje – nos arredores de Paris) e recebeu o título de “Laboravi Fidenter”. Foi elaborado pelo engenheiro Giordano Petry, tendo, no decorrer de sua execução, sofrido algumas adequações feitas por Ramos de Azevedo, razão pela qual esse último costuma ser citado, incorretamente, como sendo seu autor. A construção dos dois pavilhões originais do presídio ficou a cargo do Escritório Técnico Ramos de Azevedo e foi executada segundo as mais modernas técnicas existentes na época, utilizando os melhores materiais, a maioria deles importados. O custo da obra, inicialmente orçado em cerca de sete mil contos de réis, atingiu cerca de catorze mil contos de réis. Para se ter uma ideia do que significavam esses valores, na época, uma cadeia comum podia ser construída por mil contos de réis. Por duas décadas, de 1920 a 1940 – ano em que atingiu sua capacidade projetada máxima de 1 200 detentos – o presídio, então chamado Instituto de Regeneração, foi considerado um padrão de excelência nas Américas, atraindo a visita de inúmeros políticos, estudantes de direito, autoridades jurídicas italianas e até mesmo personalidades como Claude Lévi-Strauss, que vinham a São Paulo para visitá-la. Em 1936, Stefan Zweig – amigo pessoal de Sigmund Freud – escreveu, em seu livro, Encontros com homens, livros e países “que a limpeza e a higiene exemplares faziam com que o presídio se transformasse em uma fábrica de trabalho. Eram os presos que faziam o pão, preparavam os medicamentos, prestavam os serviços na clínica e no hospital, plantavam legumes, lavavam a roupa, faziam pinturas e desenhos e tinham aulas.” [7] A penitenciária do Carandiru era aberta à visitação pública e chegou a ser considerada um dos cartões postais da cidade de São Paulo. A partir de 1940 – quando excedeu sua lotação máxima – a penitenciária começou a passar por sucessivas crises. 1940-2000 Numa das várias tentativas de resolver esses problemas de superlotação foi construída a Casa de Detenção, concluída em 1956, no governo de Jânio Quadros, elevando a capacidade do complexo para 3 250 detentos. Todavia, tratava-se de um prédio anexo, cuja arquitetura não se adequava totalmente ao projeto original do conjunto, embora fosse adequado aos padrões da época. Desde então a história do Carandiru passa a não ser nada mais que uma sucessão de crises e rebeliões, que culminaram com o massacre de 1992. Naquele ano, lá se encontravam amontoados, em péssimas condições, cerca de oito mil detentos. O massacre de 1992 Ver também: Massacre do Carandiru Ato em memória dos mortos no massacre (2016) Em 1992, 111 detentos foram mortos pela Polícia Militar de São Paulo (PMSP) durante uma rebelião. Esse fato teve grande repercussão nacional e internacional. A canção “Diário de um detento”, do grupo de rap Racionais MC’s, descreve a vida dos detentos e, principalmente o episódio cohecido como “massacre do Carandiru”. Em 2000 foi criado o grupo 509-E no interior do presídio. O grupo gravou dois álbuns dentro do presídio, obtendo uma vendagem alta de cópias para o mercado brasileiro de rap. Julgamento dos policiais envolvidos Segundo muitos presos, o número oficial de mortos, durante a invasão da PMSP, é inferior ao real – que seria de, pelo menos, 250 detentos. O comandante da operação, coronel Ubiratan Guimarães, enfrentou um júri popular em 2001 e foi condenado a seis séculos de prisão, mas recorreu, alegando ter agido no estrito cumprimento do seu dever, e foi absolvido em 2006. A ação policial teve o julgamento agendado pela Justiça de São Paulo para 28 de janeiro de 2013 e entre os réus figuravam 28 dos mais de cem policiais acusados.[8] Após ser adiado duas vezes, o primeiro dos quatro julgamentos de policiais acusados pelo massacre do Carandiru começou em abril 2013.[9] Naquele mês, 23 policiais envolvidos no massacre foram condenados a 156 anos de prisão cada um, pelo assassinato de 13 detentos.[10] Em agosto de 2013, outros 25 policiais envolvidos no massacre foram condenados a 624 anos cada um, pela morte de 52 detentos.[11] Em abril de 2014, 15 outros policiais acusados pela morte de oito detentos e tentativa de homicídio contra outros dois foram julgados culpados. Cada um dos réus foi condenado a 48 anos de prisão, sendo 12 por cada uma das quatro mortes e absolvidos de outras quatro, já que estas vítimas morreram com a utilização de arma branca. Foram também inocentados das acusações de tentativa de homicídio. A decisão previa o cumprimento da pena em regime fechado, mas facultava aos acusados o direito de recorrer em liberdade, tal como haviam respondido ao processo até aquele momento.[12][13] Embora a ONU tenha instado o Brasil a fazer justiça aos mais afetados pelo massacre em setembro de 2016, o tribunal declarou nulo o julgamento do massacre do Carandiru.[14][15] O tribunal julgou que o massacre foi um ato de autodefesa e que havia falta de provas que ligassem os policiais, individualmente, aos assassinatos.[16] Na sequência, o promotor entrou com um recurso, e o processo continua em andamento. Nenhum dos policiais condenados cumpriu suas penas.[17] Desde o massacre, o governo federal brasileiro aprovou nova legislação para reformar o sistema penitenciário, que ainda não foi aplicada.[18] Restos da muralha da
penitenciária transformados em passarelas. Desativação Em 2002, iniciou-se o processo de desativação do Carandiru, com a transferência de presos para outras unidades. Hoje o presídio já se encontra totalmente desativado (com exceção apenas da ala hospitalar ainda ativa atualmente), com alguns de seus prédios já demolidos e outros que foram mantidos, para serem posteriormente reaproveitados. Atualmente o local abriga instituições educacionais e de cultura, o Parque da Juventude e a Biblioteca de São Paulo. E, em dois pavilhões reformados, foram criadas duas escolas técnicas estaduais, a ETEC de Artes e a ETEC Parque da Juventude. No parque, que conta com quadras de esporte e pistas de skate, ainda é possível ver os primeiros alicerces (abandonados) do que seria o Carandiru II, que serviria para ampliar os prédios já existentes. Características Com desenhos muito semelhantes, os pavilhões se diferenciavam pela população que os habitava, cada uma com suas peculiaridades. Comum a todos eles, era a existência de corredores chamados de “rua Dez”. Localizada em frente às escadas, a rua Dez era propícia a acertos de contas, brigas mais violentas e mesmo assassinatos. Nessas ocasiões, olheiros postados nos corredores de acesso avisavam os envolvidos, caso os carcereiros se aproximassem. Pavilhão 2 Lugar para onde iam os detentos recém-chegados, que primeiramente passavam por esse pavilhão, para que fossem registrados e fotografados. Também recebiam o corte de cabelo característico e uma calça bege (única cor permitida); assistiam a uma palestra de apresentação das regras da prisão e eram encaminhados a outros pavilhões. Pavilhão 4 O mais “desejado” entre os novos presos, por não ser tão populoso e contar com celas individuais. Esse pavilhão foi criado com a intenção de ser uma área médica e, apesar de nunca tê-lo sido de forma exclusiva, acabou por manter essa característica. No térreo, ficavam os presos tuberculosos; no segundo andar, os doentes mentais (ou aqueles que fingiam sê-lo) e, no quinto andar, ficava a enfermaria. No térreo desse pavilhão existia uma ala conhecida como masmorra ou setor “amarelo”. Com celas apertadas, úmidas e escuras, ali ficavam os detentos jurados de morte por outros presos e que não podiam ser transferidos para outros pavilhões. Essas celas foram motivo de frequentes polêmicas com a imprensa e organizações humanitárias; todavia, eram a única alternativa segura oferecida a esses presos, que preferiam não sair dali, a não ser para outro presídio. Pavilhão 5 O mais populoso dos pavilhões, também considerado o mais humilde de todos, sendo seus habitantes olhados com certo desdém pelos detentos de outros pavilhões. No primeiro andar, ficavam as celas de castigo. Semelhantes às masmorras, ali eram trancafiados por cerca de trinta dias os infratores internos (por porte de drogas, armas, desacato etc.). No terceiro andar, eram alojados estupradores, justiceiros (matadores profissionais) e indivíduos expulsos de outros pavilhões. A população do quarto andar era similar à do terceiro, tendo porém a presença de muitos travestis. Ali havia um setor conhecido como “Rua das flores”, por ser habitado por homossexuais. O quinto andar era conhecido como “amarelo” e abrigava, de forma precária, muitos presos jurados de morte. Esses presos, já que estavam sob ameaça, não saíam para o banho de sol e por isso adquiriam uma coloração de pele amarelada, o que deu origem ao apelido do setor. Por todos esses fatores, esse pavilhão foi sempre considerado o mais complexo e perigoso. Pavilhão 6 Era onde ficava a antiga cozinha, desativada muitos anos antes, e o antigo cinema (destruído durante uma rebelião) transformado em um grande auditório no segundo andar. Salas da administração ficavam no segundo e terceiro andares. Celas, no quarto e quinto andares, sendo que no quinto andar ainda havia uma área destinada a abrigar presos com o mesmo perfil que o “amarelo”, dada a superpopulação do pavilhão 5. Pavilhão 7 Era considerado o mais calmo de todos, chegando a permanecer dois ou três anos sem mortes. Criado com o intuito de ser um pavilhão de trabalho, o Pavilhão 7 permaneceu habitado por detentos com ocupações laboriosas, como confecção de bolas, pipas, barcos e outras atividades. Este também era o preferido por aqueles que pretendiam fazer escavações e tentar a fuga, por ser a edificação mais próxima das muralhas. Pavilhão 8 Provavelmente o lugar onde moravam os presos mais respeitados. Por serem reincidentes, conheciam muito bem as regras prisionais e sabiam como se comportar neste ambiente. Nem por isso o pavilhão deixava de ser tenso e violento. Ao lado do Pavilhão 8, ficava o maior campo de futebol da Casa. Pavilhão 9 Ficou famoso, fora da Casa de Detenção, pois uma torcida organizada do Sport Club Corinthians Paulista com o mesmo nome (Pavilhão 9) foi formada por detentos do nono pavilhão, que eram réus primários. Além da Torcida Pavilhão 9 do Corinthians, foi formada uma banda de rap, conhecida como Pavilhão 9, e que foi um dos principais nomes do rap brasileiro, nos anos 1990, tendo gravado discos importantes do gênero, tais como Procurados Vivos ou Mortos e Se Deus Vier, Que Venha Armado. Na cultura popular Televisão A terceira temporada da série de televisão americana Prison Break foi inspirada na Casa de Detenção de São Paulo e na Penitenciária de San Pedro na Bolívia. Na série, a penitenciária se chama Sona (Penitenciária Federal de Sona).[19] O local também ficou conhecido por uma polêmica e rara edição do Domingo Legal, onde contou com a visita da médium Socorro Leite e do então apresentador Gugu Liberato na área, já desativada, durante o mês de maio de 2002.[20] Tal episódio ficou marcado pelos gritos de medo da sensitiva e no tom sensacionalista da reportagens, levando a mesma a impedir a veiculação desse feito em qualquer mídia. Atualmente há apenas uma das partes da visita de Socorro disponível no YouTube.[21][22] Literatura Estação Carandiru de Dráuzio Varela Diário de um detento de Jocenir Vidas do Carandiru – Histórias Reais de (Humberto Rodrigues) Às Cegas de Luís Alberto Mendes Sobrevivente André du Rap, do Massacre do Carandiru de André du Rap Código de Cela, o mistério das prisões de Guilherme S. Rodrigues Memórias de um Sobrevivente de Luís Alberto Mendes Cela Forte mulher de Antônio Carlos Prado Pavilhão 9, Paixão e morte no Carandiru de Hosmany Ramos Carandirú: o Caldeirão do diabo – Celso Bueno de Godoy Uma porta para a vida – Celso Bueno de Godoy Filmografia O Prisioneiro da Grade de Ferro (Autorretratos), de Paulo Sacramento (2003). Documentário realizado pelos próprios presos, um ano antes da desativação da Casa de Detenção do Carandiru. Referências História do Carandiru Granato, Fernando (21 de abril de 2020). «Carandiru, que faria cem anos, foi de prisão modelo a palco de massacre». Folha de S. Paulo. Consultado em 21 de abril de 2020 Complexo Penitenciário do Carandiru é tombado pela Prefeitura de SP. Por Abrahão de Oliveira. G1, 10 de novembro de 2019. História do Carandiru História da Penitenciária de São Paulo História do Sistema Penitenciário Paulista ZWEIG, Stefan; Encontros com homens livros e países. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1942. «Massacre em prisão do Brasil aguarda julgamento há 20 anos». Jornal de Notícias. 2 de outubro 2012. Consultado em 23 de agosto de 2021 Após adiamentos, julgamento do Carandiru tem início em São Paulo. BBC, 15 de abril 2013. «Brazil police sentenced over Carandiru jail massacre». BBC News. 21 de abril de 2013 «Brazil Carandiru jail massacre police guilty». BBC News. 3 de agosto de 2013 «15 police guilty in Brazil prison killings». eNCA. 3 de abril de 2014 PMs são condenados na última etapa do julgamento do caso Carandiru. Tribunal de Justiça de São Paulo, 2 de abril de 2014. «UNITED NATIONS HUMAN RIGHTS, Office of the High Commissioner South America». acnudh.org. Cópia arquivada em 29 de julho de 2018 «Brazil declares trial on Carandiru massacre null in s
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A Penitenciária do Estado: a preservação da ordem pública paulista in Revista do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; Vol. 1, nº 9; Brasília: jan/jun.1997, p. 91-102. CANCELLI, Elisabeth. Repressão e Controle Prisional no Brasil: Prisões Comparadas in História: Questões e Debates; Curitiba: p. 141-156; Editora UFPr; 2005 CARVALHO FILHO, Luiz Francisco. A prisão. São Paulo; Publifolha; 2002. SALLA, Fernando ; As prisões em São Paulo: 1822-1940 . São Paulo: Annablume/Fapesp, 1999 SILVA, José Ribamar da; Prisão: Ressocializar para não reincidir; Monografia submetida à Universidade Federal do Paraná, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Título de Especialização Modalidade de Tratamento Penal em Gestão Prisional; UFPr; 2003. Ver também Carandiru, filme de Hector Babenco (2003) Etec Parque da Juventude Massacre na Casa de Detenção de São Paulo Parque da Juventude Ligações externas Caso Carandiru (links para notícias sobre o caso do massacre), no site Jus Brasil Repressão e Controle Prisional no Brasil: Prisões Comparadas – Cancelli História da construção do Carandiru, Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo A Penitenciária do Estado: a preservação da ordem pública paulista Resenha: SALLA, Fernando. As prisões em São Paulo: 1822-1940. São Paulo: Annablume/Fapesp, 1999. Ícone de esboço Este artigo sobre prisões. cadeias e presidios é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Categorias: Construções demolidas da cidade de São PauloPrisões de São Paulo Esta página foi editada pela última vez às 14h25min de 13 de novembro de 2021. Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização. Casa de Detenção de São Paulo, popularmente conhecida como Carandiru por localizar-se no bairro homônimo da cidade de São Paulo, foi uma penitenciária que se localizava na zona norte de São Paulo. Foi inaugurada na década de 1920 e sua construção é do engenheiro-arquiteto Samuel das Neves. A denominação de Casa de Detenção foi dada pelo interventor federal Ademar Pereira de Barros que em 5 de dezembro de 1938, pelo decreto estadual 9.789, extinguiu a Cadeia Pública e o Presídio Político da Capital. Este decreto previa separação de réus primários de presos reincidentes e separação dos presos pela natureza do delito. Já chegou a abrigar mais de oito mil presos, sendo considerado à época o maior presídio da América Latina. Foi desativado e parcialmente demolido em 2002 no governo de Geraldo Alckmin, no local foi construído o Parque da Juventude. Histórico Período 1920-1940 O Complexo Penitenciário do Carandiru, que se notabilizou recentemente por sua superlotação, má administração e pelos massacres violentos que ali ocorreram, foi – por ocasião de sua inauguração – considerado um presídio-modelo, tendo sido projetado para atender às novas exigências do Código Penal republicano de 1890, de acordo com as melhores recomendações do Direito Positivo da época. O projeto do presídio que venceu a licitação foi inspirado no Centre pénitentiaire de Fresnes, na França, no modelo “espinha de peixe” (que ainda existe – em funcionamento até hoje – nos arredores de Paris) e recebeu o título de “Laboravi Fidenter”. Foi elaborado pelo engenheiro-arquiteto Giordano Petry, tendo, no decorrer de sua execução, sofrido algumas adequações feitas por Ramos de Azevedo, razão pela qual esse último costuma ser citado, incorretamente, como sendo seu autor. A construção dos dois pavilhões originais do presídio ficou a cargo do Escritório Técnico Ramos de Azevedo e foi executada segundo as mais modernas técnicas existentes na época, utilizando os melhores materiais, a maioria deles importados. O custo da obra, inicialmente orçado em cerca de sete mil contos de réis, atingiu cerca de catorze mil contos de réis. Para se ter uma ideia do que significavam esses valores, na época, uma cadeia comum podia ser construída por mil contos de réis. files.acessajuventude.webnode.com.br/200000687-43751446ec/1920.04.21.jpg Por duas décadas, de 1920 a 1940 – ano em que atingiu sua capacidade projetada máxima de 1 200 detentos – o presídio, então chamado Instituto de Regeneração, foi considerado um padrão de excelência nas Américas, atraindo a visita de inúmeros políticos, estudantes de direito, autoridades jurídicas italianas e até mesmo personalidades como Claude Lévi-Strauss, que vinham a São Paulo para visitá-la. Em 1936 Stefan Zweig – amigo pessoal de Sigmund Freud – escreveu em seu livro Encontros com homens livros e países “que a limpeza e a higiene exemplares faziam com que o presídio se transformasse em uma fábrica de trabalho. Eram os presos que faziam o pão, preparavam os medicamentos, prestavam os serviços na clínica e no hospital, plantavam legumes, lavavam a roupa, faziam pinturas e desenhos e tinham aulas.” A penitenciária do Carandiru era aberta à visitação pública e chegou a ser considerada um dos cartões postais da cidade de São Paulo. É somente a partir de 1940 – quando a penitenciária excedeu sua lotação máxima – que ela começa a passar por sucessivas crises e brigas. 1940-2000 Numa das várias tentativas de resolver esses problemas de superlotação foi construída a Casa de Detenção, concluída em 1956 no governo de Jânio Quadros, que elevou sua capacidade para 3 250 detentos, mas que – ao mesmo tempo – era um anexo cuja arquitetura não se adequava totalmente ao projeto original do complexo, embora fosse adequado aos padrões da época. Desde então a história do Carandiru passa a não ser nada mais que crises e rebeliões, que culminam com os famosos massacres de 1992, quando então, as autoridades penitenciárias amontoavam, em péssimas condições, cerca de oito mil detentos. Um dos fatos mais conhecidos da história do presídio ocorreu em 1992, quando 111 detentos foram mortos pela Polícia Militar de São Paulo durante uma rebelião, os quais resistiram às investidas policiais. Esse fato teve grande repercussão nacional e internacional. A canção “Diário de um detento”, do grupo de rap Racionais MC’s, versa a respeito da vida dos detentos e sobre tudo sobre o que que ficou conhecido como “o massacre do Carandiru”. Segundo muitos presos, o número oficial está abaixo da realidade, já que se afirma que pelo menos 250 detentos foram mortos na invasão. Em 2000 foi criado o grupo 509-E no interior do presídio. O grupo gravou dois álbuns dentro do presídio, obtendo uma vendagem alta de cópias para o mercado brasileiro de rap. Resquícios da “muralha” da penitenciária foram transformados em passarelas cercadas de arborização. Desativação Em 2002, iniciou-se o processo de desativação do Carandiru, com a transferência de presos para outras unidades. Hoje o presídio já se encontra totalmente desativado (com exceção apenas a ala hospitalar ainda ativada atualmente), com alguns de seus prédios já demolido
s e outros que foram mantidos, para serem posteriormente reaproveitados. O governo do estado de São Paulo construiu um grande parque no local, o Parque da Juventude, além de instituições educacionais e de cultura. Um de seus pavilhões foi reaproveitado para ser instalado no edifício a Escola Técnica Estadual do Parque da Juventude, popularmente chamada de Etec Parque da Juventude. Características Apesar do desenho dos pavilhões serem muito similares, os mesmos possuíam diferenças em relação à população que os habitava, cada um com suas peculiaridades. Comuns a eles, é interessante citar os corredores chamados de “rua Dez”. Por estarem localizados opostos às escadas, a rua Dez era propícia a acerto de contas, brigas mais sérias e mortes, pois até que os carcereiros lá chegassem, os envolvidos já teriam sido avisados pelos olheiros que ficavam nos corredores de acesso. Pavilhão 2 Lugar para onde iam os detentos recém chegados à casa de detenção. Primeiramente havia uma passagem por esse pavilhão, para que os mesmos fossem registrados, fotografados, recebessem corte de cabelo característico, calça bege (única cor permitida) e encaminhados para outros pavilhões. Nesse pavilhão os mesmos recebiam a palestra inicial onde eram introduzidos às primeiras regras da detenção. Pavilhão 4 O mais “desejado” entre os novos presos por não ser tão populoso, e contar com celas individuais. Esse pavilhão, foi criado com a intenção de ser uma área médica, e apesar de nunca tê-lo sido de forma exclusiva, acabou por manter essa característica. No térreo ficavam os presos tuberculosos, no segundo andar, os doentes mentais ou aqueles que fingiam sê-lo e no quinto, a enfermaria. No térreo desse pavilhão existiu uma ala conhecida como masmorra. Celas apertadas, úmidas e escuras onde ficavam detentos jurados de morte por outros presos e que não podiam ser transferidos para outros pavilhões. Essas celas foram motivo de frequentes polêmicas com a imprensa e organizações humanitárias. Todavia, as mesmas eram uma garantia de vida para esses presos, que preferiam não sair dali, a não ser para outro presídio. Pavilhão 5 O mais populoso dos pavilhões, também considerado o mais humilde de todos, sendo seus habitantes olhados com certo desdém pelos detentos de outros pavilhões. No primeiro andar, ficavam as celas de castigo. Semelhantes às masmorras, trancafiavam por cerca de trinta dias infratores internos (porte de drogas, armas, desacato etc.). No terceiro andar eram alojados estupradores, justiceiros (matadores “profissionais” de ladrões) e aqueles que foram expulsos de outros pavilhões. O quarto andar, possuía perfil similar ao terceiro, porém com presença de muitos travestis. O quinto andar, foi conhecido como amarelo, e abrigou de forma precária muitos presos jurados de morte. Esses presos, por estarem ameaçados não tinham banho de sol, e ficavam acuados em suas celas. Por isso tinham a aparência amarelada, o que deu o apelido do setor. Devido a todos esses fatores, tal pavilhão foi sempre considerado o mais armado dos pavilhões. Pavilhão 6 Era onde ficava a cozinha, já há muitos anos desativada. Um antigo cinema (destruído em rebelião) transformado em um grande auditório no segundo andar. Salas de administração no segundo e terceiro. Celas no quarto e quinto, sendo que este último andar ainda possuía uma área destinada a abrigar presos com o mesmo perfil que o amarelo, devido à superpopulação no pavilhão 5. Pavilhão 7 Foi considerado de todos os mais calmo, chegando a permanecer dois ou três anos sem mortes. Criado com o intuito de ser um pavilhão de trabalho, o sete permaneceu habitado por detentos com ocupações laboriosas, como confecção de bolas, pipas, barcos e outras atividades. Este também era o preferido por aqueles que pretendiam fazer escavações e tentar a fuga, por ser o mais perto das muralhas. Pavilhão 8 Provavelmente o lugar onde moravam os presos mais respeitados, por serem reincidentes no crime, conheciam muito bem as regras prisionais e sabiam como se comportar neste ambiente. Nem por isso deixava de ser tenso e violento. Junto a este, ficava o campo de futebol que era o maior, dentro da Casa. Pavilhão 9 Ficou famoso fora da Casa de Detenção. Seus habitantes eram réus primários, o que acabava muitas vezes por gerar conflitos, já que os mesmos eram impetuosos e ainda sem a assimilação completa das regras a serem seguidas. Menu Acessa PJ Oficinas Acessinha Acessibilidade Ler mais: https://acessajuventude.webnode.com.br/historia-do-carandiru/